Novo
equipamento desenvolvido pelo IFSC/USP distingue SARS-CoV-2 de Dengue e Zika
vírus
SÃO CARLOS/SP - Com a disseminação do
COVID-19 ao longo do tempo através de suas mais diversas variantes, tem havido
um intenso trabalho de pesquisa, em nível mundial, no desenvolvimentos de
testes rápidos, baratos e eficientes para o diagnóstico do COVID-19, esforços
esses onde o Brasil também está profundamente envolvido.
Muito recentemente, pesquisadores
do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos
(GNano-IFSC/USP) desenvolveram um novo imunossensor qualitativo baseado na detecção capacitiva das proteínas Spike do coronavírus, responsável pela síndrome respiratória aguda grave
(SARS-CoV-2), o agente causador do COVID-19.
Para o Prof. Valtencir Zucolotto, coordenador
do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos
(GNano-IFSC/USP) “Este
novo imunossensor foi desenvolvido a partir de
eletrodos interdigitados que requerem um sistema de medição com um circuito
elétrico simples, que pode ser miniaturizado, oferecendo uma alternativa para um diagnóstico rápido, eficiente e barato de COVID-19, destacando-se nele a particularidade de poder
distinguir esse vírus de outros, por exemplo, a Zika e a Dengue, que apresentam sintomas semelhantes em estágios iniciais”.
Como é do conhecimento público, a detecção precoce do COVID-19 tem sido essencial para controlar a
disseminação do vírus, sendo que vários sensores já foram, entretanto,
desenvolvidos, mas mostraram-se limitados com o aparecimento das variantes de
SARS-CoV-2 que sofreram mutações na proteína Spike.
Sumariamente, este novo imunossensor
apresenta-se capaz de realizar testes simples, rápidos, específicos e de baixo
custo com a particularidade de distinguir entre SARS-CoV-2, Dengue virus (DenV) e Zika virus (ZikV).
O estudo sobre o desenvolvimento desse
equipamento foi divulgado na revista
científica “Microelectronic Engineering”, tendo como autores os pesquisadores
Isabella Sampaio (autora principal), Nayla Kusimoto Takeuti, Beatriz Gusson,
Thales Rafael Machado, e coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto.
Para conferir o artigo científico publicado,
acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2022/12/1-s2.0-S0167931722002064-main.pdf
(Imagem: Christoph Burgstedt / SPL / Getty Images)
Rui Sintra