O lutador de MMA Phil Baroni, 46, foi preso em San Pancho,
no México no último domingo, sob suspeita de ter assassinado sua namorada. O
americano, figura polêmica com passagens por UFC, Pride, ONE e Bellator, entre
outros, foi quem chamou os policiais e alegou se tratar de um acidente durante
uma briga entre eles. Segundo o relato, estaria sob influência de álcool e
drogas.
O jornal mexicano "Tribuna da la Bahia" foi o
primeiro a noticiar o caso. Segundo a publicação, Baroni se identificou como
"Phillips" e chamou uma viatura da Polícia Estatal Turística que
fazia ronda pela área para ajudar com sua namorada, identificada como Paola, que
estava inconsciente num quarto de hotel nas proximidades.
Ao chegar no local, os policiais teriam encontrado a mulher
deitada numa cama, inconsciente, nua e coberta por um lençol. Ela não tinha
sinais vitais e apresentava marcas de golpes e contusões no rosto e em partes
do corpo.
Baroni teria alegado que, às 15h (horário local) daquele
domingo, estava fumando maconha e bebendo cerveja no quarto e começou a
discutir com a namorada, que teria revelado ter tido relações sexuais com outro
homem. Enciumado, o lutador disse que ordou que ela tomasse uma chuveirada e,
quando ela se negou, a pegou pelos braços e arremessou ao chuveiro. A mulher
teria batido a cabeça, escorregado de costas e batido a nuca.
A versão do lutador conta ainda que ele teria ajudado ela a
se levantar, a colocou na cama, tirou sua roupa e a cobriu com um lençol. Ela
então teria pedido cerveja e cigarro, Baroni foi à rua e, quando voltou (depois
de fumar um cigarro), ele deitou-se com ela e sentiu que a mulher não respondia
e não tinha mais sinais vitais. Ele teria tentado reanimá-la, sem sucesso.
A polícia o prendeu sob suspeita de homicídio. Uma
investigação está em curso para determinar a causa exata da morte.
Phil Baroni, 46, teve passagens de sucesso por algumas das
principais organizações de MMA do mundo, como UFC, Pride, Bellator, EliteXC,
Strikeforce, ONE Championship e Dream. Apesar de não ser dos lutadores mais
técnicos, ficou famoso por suas provocações e trejeitos nova-iorquinos. Também
ficou infame o soco que deu no árbitro Larry Landless após uma interrupção
controversa na sua derrota para Evan Tanner no UFC 45, em 2003. Baroni foi
suspenso por quatro meses e voltou a lutar pelo Ultimate no ano seguinte, numa
revanche com Tanner.
Sua última luta profissional de MMA aconteceu em 2019, uma
derrota para Sai Wang no Rebel FC, na China, que deixou seu cartel profissional
em 16 vitórias e 19 derrotas. Ele também competiu no boxe sem luvas e no boxe
profissional, onde fez sua apresentação mais recente, uma vitória por
desistência contra Ulisses Cardenas em 2021, no México.
Por Combate.com
Foto: Divulgação/ONE