A Delegacia de Polícia Federal em Araraquara deflagrou nesta
quinta, 23, a “Operação Mascavar” (Mascavar, em sentido figurado na língua
portuguesa, significa falsificar, corromper ou adulterar), que mira indivíduos
responsáveis pela colocação em circulação de cédulas de real falsas. A
investigação apurou a existência de um grupo criminoso especializado em comprar
eletrônicos anunciados na internet, mas pagos pessoalmente com dinheiro falso,
gerando grande prejuízo à população e criando uma espiral de circulação de
dinheiro falso, principalmente na região dos municípios de Araraquara e São
Carlos, no interior do estado de São Paulo.
São cumpridos hoje cinco mandados de prisão temporária e
oito mandados de busca e apreensão, contra indivíduos residentes nas cidades de
São Carlos e Ribeirão Bonito. O grupo alvo dos mandados praticou vários crimes
usando cédulas falsificadas. O principal meio de atuação dos investigados
começava na utilização de perfis falsos em redes sociais, com o fim de negociar
a compra de produtos anunciados em sites e páginas de compras, principalmente
aparelhos de telefonia celular e videogames.
Em um segundo momento, efetuavam pessoalmente a compra
utilizando como pagamento notas falsas, normalmente à noite e em circunstâncias
que dificultavam a conferência das cédulas e identificação dos criminosos pelas
vítimas – vale enfatizar que os crimes de moeda falsa são Crimes Contra a Fé
Pública, de competência da Justiça Federal, onde a União é a “vítima” de fato.
Contudo, a minuciosa investigação da PF pôde reconstituir a dinâmica das
ocorrências e identificar os criminosos, alvos da operação de hoje.
A PF esclarece que gravidade deste tipo de crime reside nos
enormes problemas trazidos à economia local e regional, bem como no prejuízo
financeiro causado a pessoas físicas e jurídicas. Lembrando que no caso de uma
pessoa repassar a terceiro (“passar para frente”) nota que sabe ser falsa,
também comete o crime.
A Delegacia de Polícia Federal em Araraquara afirma que prossegue com a investigações para identificação e prisão de outros envolvidos no esquema, tanto na falsificação de dinheiro como na introdução de cédulas falsas em circulação.
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