SAÚDE
29/03/2023 10H50
Estudo inédito da UFSCar investiga diferentes aspectos da doença com foco em tratamento mais benéfico aos pacientes
Uma pesquisa de doutorado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende investigar os efeitos do exercício físico nos sintomas da doença de Parkinson e na plasticidade do cérebro dessas pessoas (como o cérebro responde a essas intervenções e como ele se comporta). Para isso, são convidadas pessoas que estejam em tratamento para o Parkinson para que passem por avaliação e prática de exercícios físicos conduzidos por fisioterapeuta. A expectativa é que a pesquisa indique as modalidades de exercícios que possam ampliar o tratamento dos pacientes que têm a doença.
O estudo é conduzido pelos doutorandos Valton Costa, Maryela Menacho e Thalita Frigo, sob a coordenação de Anna Carolyna Gianlorenço, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e conta com a participação de estudantes de graduação.
Parkinson é uma doença neurodegenerativa de causa desconhecida, caracterizada pela morte de neurônios produtores de dopamina em uma parte do cérebro, chamada de mesencéfalo, resultando em sintomas motores, como lentidão, rigidez e tremor. A doença também tem um quadro amplo de sintomas não-motores, como os problemas do sono, disfunção cognitiva, ansiedade, depressão e diversos outros. De acordo com Valton Costa, estudos anteriores já mostraram que a atividade cerebral de pessoas com a doença de Parkinson é diferente em muitos aspectos em relação a pessoas sem a doença. O objetivo dos estudos atuais é compreender essas diferenças, que podem servir como marcadores da doença e para avaliar o risco de pessoas desenvolverem o Parkinson ou de medir a sua progressão, bem como avaliar a resposta de intervenções como os exercícios físicos. "Nesse contexto, exercícios físicos já se mostraram capazes de melhorar o comprometimento motor das pessoas com a doença de Parkinson, melhorando também aspectos cognitivos, o sono, a depressão e a ansiedade", acrescenta Costa.
O pesquisador explica que o estudo pretende avaliar a eficácia de três modalidades de exercício: aeróbico, resistido e terapia orientada à tarefa. "Além do mais, explora como a atividade do cérebro pode ser alterada em resposta ao exercício físico, o que nós chamamos de neuroplasticidade, que é essencial quando se fala de doenças neurodegenerativas", acrescenta. Valton Costa reforça que este é o primeiro ensaio clínico a comparar três modalidades de exercício físico focando nos aspectos motores e não motores da doença, ao mesmo tempo que investiga a resposta do cérebro a essas intervenções. "Estudos menores já foram realizados, porém, focaram num ou noutro aspecto ou não investigaram simultaneamente a neuroplasticidade. Esperamos preencher uma importante lacuna no tratamento dessa doença", destaca o pesquisador.
De acordo com Costa, a expectativa é que os resultados indiquem qual a melhor utilização do exercício na gestão da sintomatologia do Parkinson e, dessa forma, proporcionem um tratamento fisioterapêutico mais eficiente como adjunto ao tratamento médico. "O estudo dará recomendações sobre o uso dos exercícios para os profissionais envolvidos na gestão da doença e também orientará os pacientes sobre a inclusão desses exercícios em sua vida diária. Os resultados sobre a atividade cerebral fortalecerão essas recomendações e poderão também orientar estudos futuros", complementa o pesquisador.
Voluntários
Para realizar o estudo, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, entre 40 e 80 anos de idade, que estejam em tratamento médico para a doença de Parkinson, e não tenham outra doença neurológica associada (como AVC, esquizofrenia ou implantes no cérebro). As pessoas interessadas podem entrar em contato, até o mês de maio, pelo telefone (16) 3351-8628, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, ou através do whatsapp (mesmo número) a qualquer momento.
Todos os participantes da pesquisa recebem o tratamento com uma das modalidades de exercício investigadas, além do convite para participar de sessões informativas e educativas sobre a atualidade da doença de Parkinson, incluindo novos tratamentos, recomendações e perspectivas futuras.
Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 54451321.4.0000.5504).
O estudo é conduzido pelos doutorandos Valton Costa, Maryela Menacho e Thalita Frigo, sob a coordenação de Anna Carolyna Gianlorenço, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e conta com a participação de estudantes de graduação.
Parkinson é uma doença neurodegenerativa de causa desconhecida, caracterizada pela morte de neurônios produtores de dopamina em uma parte do cérebro, chamada de mesencéfalo, resultando em sintomas motores, como lentidão, rigidez e tremor. A doença também tem um quadro amplo de sintomas não-motores, como os problemas do sono, disfunção cognitiva, ansiedade, depressão e diversos outros. De acordo com Valton Costa, estudos anteriores já mostraram que a atividade cerebral de pessoas com a doença de Parkinson é diferente em muitos aspectos em relação a pessoas sem a doença. O objetivo dos estudos atuais é compreender essas diferenças, que podem servir como marcadores da doença e para avaliar o risco de pessoas desenvolverem o Parkinson ou de medir a sua progressão, bem como avaliar a resposta de intervenções como os exercícios físicos. "Nesse contexto, exercícios físicos já se mostraram capazes de melhorar o comprometimento motor das pessoas com a doença de Parkinson, melhorando também aspectos cognitivos, o sono, a depressão e a ansiedade", acrescenta Costa.
O pesquisador explica que o estudo pretende avaliar a eficácia de três modalidades de exercício: aeróbico, resistido e terapia orientada à tarefa. "Além do mais, explora como a atividade do cérebro pode ser alterada em resposta ao exercício físico, o que nós chamamos de neuroplasticidade, que é essencial quando se fala de doenças neurodegenerativas", acrescenta. Valton Costa reforça que este é o primeiro ensaio clínico a comparar três modalidades de exercício físico focando nos aspectos motores e não motores da doença, ao mesmo tempo que investiga a resposta do cérebro a essas intervenções. "Estudos menores já foram realizados, porém, focaram num ou noutro aspecto ou não investigaram simultaneamente a neuroplasticidade. Esperamos preencher uma importante lacuna no tratamento dessa doença", destaca o pesquisador.
De acordo com Costa, a expectativa é que os resultados indiquem qual a melhor utilização do exercício na gestão da sintomatologia do Parkinson e, dessa forma, proporcionem um tratamento fisioterapêutico mais eficiente como adjunto ao tratamento médico. "O estudo dará recomendações sobre o uso dos exercícios para os profissionais envolvidos na gestão da doença e também orientará os pacientes sobre a inclusão desses exercícios em sua vida diária. Os resultados sobre a atividade cerebral fortalecerão essas recomendações e poderão também orientar estudos futuros", complementa o pesquisador.
Voluntários
Para realizar o estudo, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, entre 40 e 80 anos de idade, que estejam em tratamento médico para a doença de Parkinson, e não tenham outra doença neurológica associada (como AVC, esquizofrenia ou implantes no cérebro). As pessoas interessadas podem entrar em contato, até o mês de maio, pelo telefone (16) 3351-8628, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, ou através do whatsapp (mesmo número) a qualquer momento.
Todos os participantes da pesquisa recebem o tratamento com uma das modalidades de exercício investigadas, além do convite para participar de sessões informativas e educativas sobre a atualidade da doença de Parkinson, incluindo novos tratamentos, recomendações e perspectivas futuras.
Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 54451321.4.0000.5504).