Em março, o custo da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais
brasileiras que são analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos, elaborada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo dados da pesquisa divulgada na 2ª feira (10), as maiores
quedas no custo da cesta básica ocorreram em Recife (-4,65%), Belo Horizonte
(-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João Pessoa (-3,42%). Por
outro lado, houve aumento no preço das cestas de Porto Alegre (0,65%), São
Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).
No mês de março, a cesta mais cara do país era a de São
Paulo, onde o preço médio dos produtos chegou a R$ 782,23. Em seguida estavam
as cestas de Porto Alegre (R$ 746,12), Florianópolis (R$ 742,23), Rio de
Janeiro (R$ 735,62) e Campo Grande (R$ 719,15). No Norte e Nordeste do país,
onde a composição da cesta é um pouco diferente, ela custava mais barato. Em
Aracaju foi encontrada a cesta mais barata do país, onde o custo médio estava
em R$ 546,14.
Com base no valor da cesta mais cara, que em março foi a de
São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que
estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas com
alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal deveria ser de R$
6.571,52, o que significa que ele deveria ser cinco vezes maior do que o
salário mínimo atual, de R$ 1.302.
Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
foto: