Impulsionado pelas atividades administrativas e complementares, setor de serviços é responsável pela abertura de 25 mil vagas, aponta FecomercioSP

Em maio, o setor de serviços criou 25 mil empregos com carteira assinada no Estado de São Paulo. No mesmo período, o comércio foi responsável pela abertura de mais de cinco mil vagas formais. Os dados são da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No período, o saldo registrado nos serviços — resultado de 330 mil admissões e 305 mil desligamentos –era esperado e foi citado no relatório de abril. São 6,943 milhões de vínculos empregatícios ativos no agrupamento.
 
Os serviços administrativos e complementares apresentaram o melhor desempenho do mês, responsáveis pela criação de 10 mil empregos formais. Do grupo, destacaram-se os serviços de locação de mão de obra temporária (3.897 vagas) e as atividades de limpeza (3.731 vagas). 
 
De acordo com a FecomercioSP, no ano, são quase 150 mil postos de trabalho criados no setor, índice abaixo dos 200 mil registrados entre janeiro e maio do ano passado. Por outro lado, esse desempenho é melhor do que o esperado para 2023. A tendência para junho não deve mudar, esperando-se, novamente, bom saldo ao setor de serviços.
 
 
Comércio abaixo do esperado
Apesar do saldo positivo de mais de cinco mil novas contratações no comércio no Estado de São Paulo, o índice ficou abaixo do esperado para o período no quinto mês do ano, revela a Entidade, uma vez que era esperado ao menos que o resultado ficasse acima dos números de abril, especialmente graças ao Dia das Mães e à proximidade com o Dia dos Namorados.
 
Ao comparar o resultado de maio com o mês anterior, a geração de vagas foi 32% menor, em um total de 124.607 admissões e 119.594 desligamentos no mês. São mais de 2,75 milhões de empregos celetistas ativos. As três divisões do setor apresentaram tímidos avanços: comércio e reparação de veículos gerou 1.238 postos de trabalho, ao passo que o comércio atacadista apresentou saldo positivo de 1.221 vagas, enquanto o comércio varejista criou 2.554 vínculos trabalhistas. Nesta última divisão, destacaram-se, de forma antagônica, o varejo hipermercadista e supermercadista (858 vagas) e o varejo de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo (585 vagas a menos).
 
 
O setor ainda não saiu do índice negativo no acumulado do ano: são menos 3.092 empregos celetistas. De acordo com a FecomercioSP, observa-se que, neste ano, o comércio enfrenta um pouco mais de dificuldades, em especial o varejo. Isso tem acontecido porque as famílias estão direcionando mais renda aos segmentos de consumo não adiável, em detrimento daqueles dependentes de crédito. Outro ponto é o direcionamento da renda ao setor de serviços, apontando melhores resultados. Para junho, espera-se um tímido avanço no mercado de trabalho do comércio paulista.
 
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

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