A cultura do Hip Hop ganha evento especial nos 206 anos de Araraquara, com uma programação que será realizada no domingo, 20 de agosto, reunindo DJs, Mcs, Grafiteiros e B.boys no CEAR, a partir das 17 horas: é “Hip Hop: A arte que resiste”, com produção do Coletivo Enraizamento Cultural e realização da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart. A programação é gratuita.

O Hip Hop faz parte da cultura jovem e da cultura da periferia e, em Araraquara, o movimento completa 30 anos de resistência. Buscando aproximar a comunidade geral da cultura Hip Hop – no sentido de compreender suas raízes e importância – a programação de “Hip Hop: A arte que resiste” busca fomentar o desenvolvimento cultural e artístico da comunidade araraquarense com atividades e apresentações para todas as faixas etárias.

De acordo com o Coletivo Enraizamento Cultural, a edição “Hip Hop: A arte que resiste” visa homenagear os 30 anos do Hip Hop em Araraquara, convidando artistas locais e independentes da velha escola e da nova escola, “estabelecendo uma ideia de união, continuidade e preservação da cultura local da cidade, no qual todos os processos organizacionais visam um trabalho de construção coletiva.”

Vale destacar que o Coletivo Enraizamento Cultural é um coletivo negro independente de Araraquara que busca por meio da arte e da cultura, pensar saberes ancestrais. Criado em 2020, o coletivo tem o intuito de repensar a criação de novas epistemologias, de viver, de estar, de ser e de pertencer, evidenciando gêneros que por muito tempo foram apagados e negados, alicerçada na ancestralidade da cultura afro-brasileira e africana.

“Este ano o Hip Hop completa 50 anos no mundo, destes 30 se fazem presentes em Araraquara, tendo como seu berço o CAIC no bairro Selmi Dei – bairro este, totalmente periférico e localizado na Zona Norte da cidade, que também enfrentava diversos problemas de ordem social”, aponta Ras Kemet, integrante do Coletivo Enraizamento Cultural.

Ele lembra que, também, Araraquara contou com diversos movimentos independentes criados utilizando da cultura do Hip Hop, como as Batalhas de Rima, sendo uma delas a Batalha da Fonte, iniciada no ano de 2013, criada e realizada por Mano Véio, acontece mensalmente com o apoio da Secretaria municipal da Cultura e Fundart, sempre no primeiro domingo do mês, reunindo MCs, grupos de rap para pocket shows, grafiteiros e, com cypher’s de breaking.

Programação – Além dos DJs, MCs, grafiteiros e B.boys, também haverá apresentação de Breaking e a construção de um mural coletivo aberto a toda comunidade. Toda a programação contará com a participação de artistas locais, representantes de cada elemento da cultura Hip Hop, exibindo seus trabalhos artísticos.

O evento terá inícios às 17 horas com as confecções dos murais artísticos pelos grafiteiros locais e público interessado e dando início as apresentações dj que vem intercalada com Batalha de rima e musicais de artistas locais e apresentação de Break. Participam: 5 DJs locais, 5 grupos de Rap, 2 grafiteiros, 2 Crew de Break e 2 Mestres de Cerimônia.

Os grupos participantes são: Matte, PEDANKH, Ptwo PackerRapper Pixote e Willian Chacal; já entre os DJs estão: Fulô, Guiga, Kwanbeats, Lelee e Léo Marqx. Para a Batalha da Fonte, a atração será Guri, enquanto os Mestres de Cerimônia são M Véio e Kemet. Para somar na festa tem crew de girls, com Cypher Céu das Artes Bgirls Bboys.

Duas grandes atrações convidadas participam desta festa: MC Soffia e MC Guri. MC Soffia é bastante conhecida do público geral: começou a sua carreira aos 6 anos de idade, logo após participar do projeto “o futuro do Hip Hop”. Hoje, com 19 anos, gosta de produzir sons contestadores sobre paradigmas sociais. Para ela, nascida e criada na periferia de São Paulo, o rap significa “música de força e resistência”. A rapper já se apresentou em eventos como, por exemplo, a virada cultural de São Paulo e o festival afro latinidades em Brasília. Atualmente, Mc Soffia está em fase de pré-produção do seu primeiro álbum, intitulado “Menina Pretinha”.

Já MC Guri é o convidado da Batalha de Rimas e deve “batalhar” junto aos participantes de Araraquara. Guri soma mais de um bilhão de acessos em suas batalhas postadas no Youtube, mais de um bilhão de menções na rede social TikTok e mais de 200 mil seguidores em sua conta pessoal do Instagram. Atualmente é um dos MCs mais respeitados da cena de Batalha de MCs.

Toda a programação é gratuita. O CEAR está localizado na Rua Ivo Antônio Magnani, 430, na Fonte Luminosa.

Conheça alguns artistas do Hip Hop de Araraquara:

Cypher CEU das Artes Bgirls Bboys (Cypher CDA) – O movimento cultural e artístico do Breaking ganha vida no coração da cidade com o inspirador coletivo Cypher C.D.A. BGIRLS BBOYS. Composto por talentosas B.Girls e B.Boys, o coletivo é mais do que apenas um grupo de dança: é uma comunidade que se reúne para treinar, compartilhar conhecimentos e celebrar a essência do Hip Hop.

DJ Guiga – Araraquarense, Robison da Silva Gomes – o DJ Guiga – começou no Rap em 1993, como MC do Grupo Atitude Suspeita. Com o passar do tempo se tornou DJ e vem tocando em várias festas da cidade e região. Hoje faz parte do coletivo Avaibe.

DJ Lelee -DJ, produtor cultural e oficineiro, estudante de Administração Pública da UNESP, DJ Lelee – ou Renato Marcelino – transita entre a capital de São Paulo e interior, tocando em diversos eventos, festivais, festas universitárias, baladas e bailes funks. Para o aniversário de Araraquara, Lelee traz da Zona Norte de São Paulo o seu MC: Pedro Ankh.

Fulô – Fulô é Produtor Musical, Educador e DJ. Já dividiu palco com artistas como Djonga, Tasha e Tracie e Racionais. Mescla o Funk com o Trap, Drill e Grime. No show, contará com a participação das cantoras Vica e Maluana que apresentarão seus trabalhos inéditos.

Kwan Beats – O DJ nascido e criado em Araraquara conta com 6 anos de experiência em produção musical e 3 anos de pista, formando um repertório com novidades entre o trap nacional e jazz de uma forma única. Kwan Beats dividiu o palco com artistas renomados da cena suburbana, como MC Luanna e já produziu diversos artistas locais. Agora, leva sua energia e performance ao público para celebrar os 206 anos da cidade e os 30 anos de Hip hop em Araraquara.

Léo Marqx – DJ, beatmaker e produtor musical, Léo Marqx fundou o estúdio Lab DLL juntamente com amigos. Suas produções e sets ao vivo misturam música brasileira com internacional, promovendo uma nova estética sonora, juntamente com o trap, funk e o drill.

Mano Véio – Bastante conhecido no movimento Hip Hop da cidade, Mano Véio faz a cena acontecer, já que é o fundador do projeto Batalha da Fonte, realizado em parceria com Secretaria Municipal de Cultura e Fundart, e que este ano completa 10 anos de atividades. Mano Véio iniciou sua carreira musical em 1999 com grupos de Rap e, atualmente, é apresentador, MC e produtor de eventos.

Matte – Cantor de Trap de Araraquara, Matte atualmente mora em São Paulo, e garante um show espetacular nos 206 anos de Araraquara. Com mais de 500 mil visualizações em seus canais, Matte tem levado o nome de Araraquara para o mundo!

Pedankh – Pedro Henrique, o “Pedankh”, está ativo na cultura Hip Hop há 7 anos. Seu estilo musical deriva do Trap e o Drill surge como o estilo mais enérgico e com conteúdo da sua atual cena musical. O trabalho de Pedankh dissemina este estilo e expande suas possibilidades musicais na região, com intuito de chegar a jovens da periferia. Seu trabalho conta com a participação especial de Malik, morador da zona leste de São Paulo.

Ptwo Packer – Nascido e criado no Parque das Laranjeiras na região do Jardim Universal, na Zona Oeste de Araraquara, Ptwo Packer usa o poder do Rap para passar um papo de visão e uma mensagem que agrega valor para quem consome o seu trabalho. O artista busca retribuir tudo o que o Rap já lhe proporcionou com mensagens e lições que o livraram de várias armadilhas da vida real.

Rapper Pixote – Ativo desde 1989 no anonimato Rap nacional, o rapper Pixote é pioneiro no movimento Hip Hop na cidade. Ele subiu em um palco pela primeira vez em 1993 no Diagrama da Periferia. Há alguns anos, em 2019, Pixote lançou “Lado Oposto” e não parou mais.

Ras Kemet – MC e cronista desde os 14 anos, produtor musical e cultural e poeta, Ras Kemet trabalha como arte educador e é graduando em Pedagogia. Produziu em 2017 os dois primeiros trabalhos do coletivo Máfia Afrikana, de Campinas, intitulados “Oráculo” e “Mixtape Forbes”. Integra o coletivo de Slam Poesia, “Virando a Rua”, onde concentra duas webséries com poesias autorais retratando os efeitos da pandemia, o racismo e diversos preconceitos sociais.

Willian Chacal – Rapper desde muito jovem, Willian Chacal usa sua arte como forma de prevenção, autoconhecimento e contribuição ao desenvolvimento humano. Acabou de lançar o seu terceiro disco solo em parceria com o selo Correra Records, além das diversas participações que fez ao longo desses anos de contribuição.

SERVIÇO:

206 anos de Araraquara apresenta “Hip Hop: A arte que resiste”

Local: CEAR – Centro de Eventos de Araraquara e Região (Rua Ivo Antônio Magnani, 430 – Fonte Luminosa)

Data: domingo (20 de agosto)

Horário: das 17h às 23 horas

Programação:

17h – Kwan + convidados

17h25 – Batalha de MCs

17h45 – Guiga

18h10 – Pixote

18h25 – Breaking

18h50 – Ptwo

19h15 – Batalha de MCs (atração: MC Guri)

19h45 – Léo + convidados

20h10 – Fulô + convidados

20h35 – Matte

21h – Pedankh

21h25 – Batalha de MCs

21h35 – Chacal

22h – Lelee + convidados

22h20 – Atração: MC Soffia

23h – Encerramento

+ Graffiti rolando o evento todo!

Grátis

 

 

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