Dois professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) participaram, em abril deste ano, do Programa Escala Docente da Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), que contempla mobilidade para Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. Eles foram selecionados a partir de um dos editais lançados em 2022 pela Secretaria Geral de Relações Internacionais (SRInter) da Universidade.
Roberto Antonio Martins, do Departamento de Engenharia de Produção (DEP) do Campus São Carlos, realizou mobilidade na Universidad Nacional de Cuyo (UNCuyo), na Argentina, no período de 17 a 22 de abril. Kelly Cristina Tonello, docente do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So) do Campus Sorocaba, realizou mobilidade na Universidad de la República (UdelaR), no Uruguai, de 16 a 22 de abril.
"Eu fiquei surpreso com as ótimas instalações da UNCuyo e as oportunidade de desenvolvimento de pesquisa em colaboração", conta o professor Roberto Martins, que aproveitou a oportunidade para praticar e melhorar o idioma Espanhol e conhecer novos docentes de uma universidade da América do Sul. E o intercâmbio já apresentou resultados acadêmicos: "Também estou começando uma cotutela de uma candidata a doutorado em Logística na UNCuyo", completa. Durante o período de mobilidade, ele participou de reuniões de boas-vindas com o corpo diretivo e alguns docentes da Faculdad de Ingenieria da UNCuyo, e com orientados de pós-graduação do professor Ricardo Palma. Além disso, ministrou duas aulas numa disciplina do Programa de Doutorado em Logística.
Para Kelly Tonello, o que mais chamou a atenção durante sua mobilidade foi o apoio institucional, privado e governamental, à pesquisa. "Fiquei impressionada com a qualidade das pesquisas em andamento e a maneira como eles integram a pesquisa com a prática, buscando soluções reais para os desafios ambientais. Além disso, a hospitalidade e o apoio caloroso que recebi da equipe da universidade também foram notáveis", relata.
Durante a estada de 10 dias na Universidad de la Republica (UdelaR), em Montevideo, ela participou de várias atividades de pesquisa e colaboração: "Trabalhei em conjunto com a pesquisadora Jimena Alonso e seu grupo na área florestal. Durante esse tempo, tive a oportunidade de acompanhar de perto suas pesquisas, participar de discussões acadêmicas e realizar visitas a campo para conhecer as pesquisas em andamento". Na ocasião, ela também apresentou um seminário sobre os estudos que desenvolve na UFSCar com financiamento da Sylvamo do Brasil, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o que proporcionou a troca de experiências e efetivação da parceria. 

Internacionalização
Para Roberto Martins, um dos diferenciais em realizar atividades em universidades estrangeiras está na maior visibilidade da produção acadêmica: "Estudos apontam que publicações com autores de instituições de diferentes países aumentam a chance de citações, causando um impacto maior. Ainda não chegamos a esse ponto para comprovar, mas espero em breve poder publicar com meus parceiros da UNCuyo". Para o docente do DEP/UFSCar, "é uma experiência que sempre adiciona do ponto de vista pessoal e profissional".
Segundo o docente, essas experiências internacionais também ajudam a UFSCar a ser conhecida e reconhecida como uma entidade parceira para o desenvolvimento de pesquisa e intercâmbio de docentes, discentes e pesquisadores.
Kelly Tonello concorda: "A UFSCar se beneficia ao expandir sua rede de colaborações internacionais, o que pode resultar em oportunidades de pesquisa e financiamento conjunto no futuro", conta a professora, que conseguiu estabelecer "laços de colaboração significativos com a pesquisadora Jimena Alonso e seu grupo, o que abrirá portas para futuras pesquisas conjuntas e intercâmbio de conhecimento".

Suporte da SRInter
Os docentes participantes recomendam a mobilidade acadêmica a outros colegas docentes. "A troca de conhecimento e a colaboração internacional são cruciais para o avanço da pesquisa e para a formação de uma rede global de acadêmicos comprometidos com a solução de desafios globais", declara Tonello.
A professora da UFSCar conta que o suporte da SRInter foi fundamental para o sucesso da mobilidade. "Desde o início, eles forneceram assistência na elaboração do plano de trabalho, orientações sobre documentação e financiamento, bem como suporte logístico durante minha estadia no Uruguai. A comunicação eficaz e a dedicação da SRInter garantiram que minha experiência fosse tranquila e produtiva, permitindo que eu me concentrasse inteiramente na colaboração acadêmica".
Além de Roberto Martins e Kelly Tonello, a docente Andreza Aparecida Palma, do Departamento de Economia (DEco-So) do Campus Sorocaba, também foi aprovada para mobilidade na Universidad Nacional del Litoral (UNL), na Argentina, mas ainda não realizou a mobilidade.

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