O exército israelita ordenou esta madrugada que 1,1 milhões
de pessoas que vivem na Faixa de Gaza abandonem as suas casas nas próximas 24
horas e procurarem refúgio no Sul deste enclave palestiniano. Este aviso
pressupõe a intenção de uma invasão de larga escala por parte das forças
israelitas, com o Hamas a recusar evacuar os civis, garantindo que os
palestinianos não vão abandonar as suas casas e cidades.
A ONU alertou entretanto que deslocar 1,1 milhões de
habitantes pode criar uma "situação catastrófica" em Gaza, onde a
situação humanitária se degradou desde o cerco imposto por Israel, escasseando
agora a comida, a água e com falta também de eletricidade. Também o rei da
Jordânia, Abdullah II, apontou a gravidade de deslocar milhões de pessoas,
lembrando que a guerra não deve atingir os países vizinhos.
Abdullah II recebeu esta manhã Antony Blinken, secretário de
Estado norte-americano, com este oficial a entrar-se também com o Presidente
palestiniano, Mahmud Abbas. Em seguida, Blinken vai passar pelo Qatar, Bahrain,
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egipto, para debater este conflito com
os líderes da região.
No Irão, uma grande manifestação de apoio aos palestinianos
marcou esta manhã a capital Teerão, com milhares de pessoas a gritar
"abaixo Israel" e "abaixo os Estados Unidos. O ministros dos
Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian disse durante uma
visita ao Líbano que os norte-americanos estão a cometer "um enorme
erro" ao permitir que Israel destrua a Palestina e que cabe aos Estados
Unidos "controlar" os israelitas.
Por: RFI
Foto: