O Pequeno Príncipe Instituto da Visão (PPIV) inaugura sua primeira sede com o objetivo de oferecer atendimento contínuo e especializado para crianças com deficiência visual. A infraestrutura física e os recursos humanos foram adequadamente preparados para promover o desenvolvimento global da criança de forma gratuita.
O espaço tem como propósito estimular, ensinar e potencializar os demais sentidos das crianças, direcionando-as para a independência e autonomia. O projeto é voltado para deficientes visuais, desde o nascimento até aproximadamente 10 anos de idade, ou até que ingressem no ensino fundamental.
A inauguração foi na quinta-feira, 7 de dezembro, no Parque Tecnológico Damha 1, Avenida Almir Villas Boas, 1100, São Carlos. Os interessados podem buscar outras informações pelo telefone 16 99105 6848, pelo e-mail: opequenoprincipeiv@gmail.com, ou se inscrever pelo site: https://www.opequenoprincipe.org.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, 3,4% da população brasileira com 2 anos de idade ou mais declararam ter muita dificuldade para enxergar ou não conseguir enxergar de modo algum. Isso equivale a 6,978 milhões de brasileiros com deficiência visual. A deficiência visual afeta 2,7% dos homens e 4,0% das mulheres no país.
Fundado em 2012, o Pequeno Príncipe Instituto da Visão tem a missão de “entregar visão” àqueles que não a possuem, utilizando outros sentidos. Desde a sua fundação, o time do Instituto passou por um processo de aprendizado e capacitação, que incluiu visitas a várias instituições. Entre elas estão a Fundação Dorina Nowill para Cegos e a Associação Laramara, ambas em São Paulo, além da ParaDV em Araraquara e a Adevirp em Ribeirão Preto.
"A troca de experiências com pessoas com deficiência visual tem sido extremamente enriquecedora, orientando as melhores ações e caminhos a serem seguidos”, ressalta Elisabete Pavão, diretora e idealizadora do Instituto.
A iniciativa de inclusão social do PPIV proporciona experiências enriquecedoras para crianças com deficiências visuais, por meio do esporte, da música, das artes do conhecimento da escrita e leitura do braile e de interação com elementos do cotidiano. “Estudos e exemplos em todo mundo mostram que uma criança com deficiência visual, seja ela cega ou com baixa visão, pode ter um desenvolvimento pleno e igual ao de uma criança com visão normal, desde que seja adequadamente estimulada desde cedo”, relata Elisabete.
O golfe tem sido o ponto de partida no processo de inclusão social das crianças atendidas pelo projeto. Em 2021, o Instituto iniciou uma parceria com o Damha Golf Club, consolidando o projeto Blind Golf, que prepara as crianças para o esporte. A prática esportiva traz benefícios significativos para pessoas com deficiência, incluindo aumento da força muscular, resistência, coordenação motora, agilidade e equilíbrio.
Um exemplo de sucesso é Patrick Lourenço, que aprendeu a jogar golfe em 2012, aos 19 anos, e participou de um torneio no Damha Golf Club. Essas iniciativas demonstram o compromisso do PPIV em promover a inclusão e o desenvolvimento de crianças com deficiência visual.
Para Léia Arieira, diretora financeira da Instituição, o PPIV foi pensado, estruturado e estudado por mais de uma década antes de se tornar uma fundação. “Temos um compromisso sério com o atendimento a crianças. Desde o início, a empresa tem se dedicado a fornecer um serviço de alta qualidade, e esse compromisso continua a ser uma parte fundamental de sua missão”, finaliza.