Na quinta-feira, 23 de maio, houve mais uma assembleia dos professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Foi apresentada a proposta do governo federal que ofereceu aos técnicos-administrativos um reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 5% em maio de 2026, e neste ano de 2024, 0%.
Após apresentação da proposta, os servidores rejeitaram por unanimidade. Diante da recusa, os servidores técnicos-administrativos continuam em greve, onde iniciaram a paralisação em 11 de março deste ano.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (SINFSCar), os trabalhadores técnico-administrativos têm a pior remuneração do serviço público federal, além de ter recebido a pior proposta salarial do executivo nacional.
Já a classe dos professores da UFSCar, o governo federal não mudou a proposta e manteve o reajuste somente no próximo ano, foi feita apenas uma pequena alteração na diferença salarial recebida na progressão da carreira, o que não animou os docentes, ou seja, também continuam em greve.
REVINDICAÇÕES
Os professores reivindicam reajuste salarial de 22% dividido pelos próximos três anos — 7,06% em cada, começando em 2024. Já os técnicos-administrativos pedem aumento de 34%, também dividido no mesmo tempo.
As categorias também pedem reestruturação da carreira e um "revogaço" de leis dos últimos governos. Segundo o presidente do Andes, o governo não deu atenção à reorganização de carreira e deixou "escanteados os aposentados e aposentadas, que não vão ter qualquer espécie de acrescimento na sua renda nesse ano".
Os servidores também querem a recomposição do orçamento de investimento na rede federal de ensino. No primeiro ano do governo Lula, as instituições tiveram um aumento no orçamento comparado a 2022, mas este ano a verba minguou — as instituições afirmam que precisam de R$ 2,5 bilhões a mais nas contas para fecharem o ano.