O médico Luciano Barboza Sampaio foi absolvido pelo Tribunal do Júri, nesta segunda-feira (3), da acusação de homicídio qualificado do menino Noah Palermo.
O julgamento, que durou 14 horas no Fórum Criminal de São Carlos (SP), terminou por volta de 23h50. Noah morreu em 2014 após complicações de uma cirurgia para a retirada do apêndice feita por Luciano. A acusação sustentou que o médico, que estava em plantão à distância, assumiu o risco da morte da criança e deixou de prestar atendimento, após viajar para ver um jogo da seleção brasileira. Essa foi a segunda absolvição do profissional.
O promotor de acusação, Mário José Correa de Paula, afirmou que avalia se vai recorrer da decisão. Os pais de Noah lamentaram a decisão.
O julgamento começou por volta de 9h e foram ouvidas 4 testemunhas de defesa e 4 de acusação, além de um perito. Quatro homens e três mulheres foram escolhidos para compor o júri.
O resultado foi de 4 votos pela absolvição e 3 pela condenação. Essa foi a primeira vez no município que um médico foi a júri popular por acusação de crime em hospital.
“Era um caso bem difícil de levar um médico a julgamento pelo júri popular. Infelizmente a nossa tese não prevaleceu. Três jurados entenderam o nosso ponto de vista, mas infelizmente acabou o veredito de absolvição”, afirmou o promotor de acusação.
O médico Luciano Barboza Sampaio, seus familiares e a defesa comemoraram a decisão. “A defesa se baseou nos dados constantes do processo. Toda a prova que foi produzida nos autos apontavam para a inocência do Luciano, tanto é verdade que ele já havia sido absolvido de uma sentença proferida em primeira instância.
scnt