https://pleno.news/ Por Redação - Publicado em 27/05/2025

Ao STF, testemunha de Torres diz que a previsão era da manifestação ser de "médio a grande porte"

Nesta terça-feira (27), o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha afirmou que o órgão sabia no dia 7 de janeiro de 2023 que a manifestação marcada para acontecer em Brasília no dia 8 seria de “médio a grande porte”. A declaração foi feita em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele falou como testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

– Até a manhã do dia 8 ainda havia dúvida entre os analistas se a manifestação resultaria em deslocamento até a Esplanada ou se se tratava apenas de reforço aos acampamentos junto ao comando do Exército. Mas no final do dia 7 já sabíamos que a manifestação seria de médio a grande porte – afirmou.

Segundo Saulo, a estimativa foi baseada na chegada de caravanas à capital federal e no monitoramento de grupos extremistas na internet. Ele relatou que a Abin começou a emitir alertas de inteligência no dia 2 de janeiro, informando diversos órgãos federais sobre as convocações para os atos.

Até o dia 5, a avaliação era de baixa adesão, mas já havia sinais de discursos violentos. No dia 6, a mobilização cresceu, e um alerta foi enviado às 19h40 com informações sobre risco de invasão de prédios públicos por manifestantes armados.

Ainda segundo ele, no dia 7, a Secretaria de Segurança Pública do DF ainda não havia acionado a Abin. O contato só ocorreu no fim daquele dia, quando foi criado um grupo com representantes de vários órgãos para troca de informações.

Apesar disso, Saulo disse que só na manhã do dia 8 os analistas da Abin tiveram “quase certeza” de que o objetivo dos manifestantes era invadir a Esplanada. Até então, havia dúvida se haveria deslocamento ou apenas reforço aos acampamentos. As informações são do R7

Deixe seu Comentário