https://portalleodias.com/  Nayara Felisberto - Publicado em 05/06/2025

A investigação, aberta a pedido da PGR, aponta que Eduardo tentou pressionar autoridades norte-americanas, especialmente aliados de Donald Trump, para impor sanções contra ministros do STF

A Polícia Federal ouve nesta quinta-feira (5/6) o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta indícios de que Bolsonaro teria sido diretamente beneficiado pelas ações do filho. Além disso, ele teria se comprometido a arcar com os custos da permanência de Eduardo nos EUA.

Eduardo Bolsonaro é suspeito de tentar influenciar autoridades dos Estados Unidos, especialmente aliados do ex-presidente Donald Trump, para que aplicassem sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como a investigação começou?

No dia 26 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu a um pedido da PGR e determinou a abertura de inquérito contra Eduardo Bolsonaro. O objetivo é apurar a possível atuação do deputado licenciado nos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro. Desde março, Eduardo está afastado do cargo e reside nos EUA.

Na decisão, Alexandre de Moraes indicou que o parlamentar será investigado por três crimes: Coação no curso do processo (pena de 1 a 4 anos de prisão); Obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa (pena de 3 a 8 anos de prisão); Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (pena de 4 a 8 anos de prisão).

Por que Bolsonaro será ouvido?

De acordo com a PGR, Jair Bolsonaro teria sido diretamente beneficiado pelas ações do filho e, além disso, afirmou ser responsável por financiar a estadia de Eduardo nos Estados Unidos.

O objetivo do depoimento é esclarecer se o ex-presidente teve participação direta ou se ofereceu apoio às estratégias adotadas pelo filho para pressionar o STF. A oitiva foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, que também determinou a coleta de depoimentos de outras testemunhas, entre elas diplomatas brasileiros nos EUA e parlamentares como Lindbergh Farias (PT-RJ), que solicitou uma apuração formal da Câmara dos Deputados.

Eduardo se defende

Alvo de um inquérito por atuar nos Estados Unidos em favor de sanções contra autoridades brasileiras, Eduardo Bolsonaro voltou a criticar o STF. O filho do ex-presidente do Brasil questiona o motivo de estar sendo investigado por ações semelhantes às dos adversários.

Ele compartilhou um vídeo em que mostra congressistas adversários em viagens internacionais durante o governo de Bolsonaro. Para ele, esses adversários buscavam apoio de autoridades estrangeiras para combater o que enxergavam como ameaças à democracia.

“Eles vêm querer dizer que eu sou uma ameaça. Por que eles podem [falar com autoridades internacionais]? Inclusive, eles foram antes ao exterior para fazer isso. […] Por que eu não posso? Por que eu passo a ser uma ameaça à democracia?”, declarou em vídeo.

Veja as fotos

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Eduardo Bolsonaro critica STFReprodução
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Jair Bolsonaro e Eduardo BolsonaroReprodução
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Eduardo Bolsonaro critica ação da PGRReprodução/Agência Brasil
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Eduardo Bolsonaro rebate membro do PL contrário a anistiaReprodução/Câmara dos Deputados
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Eduardo Bolsonaro se muda para os EUAReprodução

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Eduardo Bolsonaro critica STFReprodução
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Jair Bolsonaro e Eduardo BolsonaroReprodução
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Eduardo Bolsonaro critica ação da PGRReprodução/Agência Brasil
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Eduardo Bolsonaro rebate membro do PL contrário a anistiaReprodução/Câmara dos Deputado

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Eduardo Bolsonaro critica STFReprodução
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Jair Bolsonaro e Eduardo BolsonaroReprodução
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Eduardo Bolsonaro critica ação da PGR

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Eduardo Bolsonaro critica STF

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