https://www.fuxicogospel.com.br/ Por Caio Rangel 

Pastor usou 1 Timóteo 3:6 para criticar pregações infantis sobre temas complexos como casamento

Durante uma transmissão ao vivo da rádio Mais FM, da Assembleia de Deus do Brás (AD Brás), um debate acalorado colocou frente a frente o pastor Elizeu Rodrigues e o jovem Miguel Oliveira, conhecido nas redes como o “profeta mirim”.

O tema girava em torno da maturidade espiritual necessária para a pregação, e o confronto expôs antigas tensões entre os dois.

Ao abordar o papel da experiência na ministração de temas sensíveis, como o casamento, Elizeu foi direto:

“O que um menino de 10 anos vai falar sobre o casamento?”, questionou, ao criticar a superficialidade de pregações feitas por crianças sobre assuntos profundos da vida cristã.

Miguel reagiu com uma provocação:

“Paulo não era casado, ele falava de casamento, né?”, disse, em tom desafiador.
A resposta imediata veio de Elizeu, que tentou explicar a diferença entre ensino inspirado e opinião pessoal:
“Mas Paulo é inspirado”, afirmou, sendo novamente interrompido pelo adolescente:
“Eu vou parar de pregar sobre cruz por que eu nunca fui crucificado?”, ironizou Miguel, gerando tensão no estúdio.

A partir disso, Elizeu iniciou uma explicação sobre a autoridade do apóstolo Paulo, destacando sua formação teológica, domínio das línguas e importância doutrinária:

“Paulo era teólogo, poliglota, plantador de igrejas. Ele fundamentou a teologia que seguimos. Foi inspirado por Deus. Quando falamos de uma criança pregar sobre casamento, lembramos do que o próprio Paulo ensinou: que o neófito não deve exercer o ministério”, disse, citando 1 Timóteo 3:6.

Mesmo assim, Miguel insistiu:

“Então eu não posso pregar o que está escrito? Eu tenho que viver isso, pastor? É isso?”, ao que Elizeu respondeu de forma objetiva:
“Você tem que vivenciar o que está escrito […] Não, não é complicado entender”.

Nos bastidores, sabe-se que o confronto reflete uma relação desgastada. Elizeu chegou a oferecer mentoria a Miguel no início de sua exposição pública, mas desistiu pouco tempo depois, alegando falta de dedicação do jovem à proposta de estudos e ao acompanhamento ministerial.