https://www.fuxicogospel.com.br/Por Caio Rangel
Cristiane Cardoso nega possuir herança ou ligação com a gestão da Record. Apesar da fala, Macedo lidera a lista como o pastor mais rico do Brasil
A filha do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da TV Record, gerou polêmica ao declarar durante uma live, ao lado da mãe, que não possui nenhum bem em seu nome. Cristiane Cardoso afirmou que nem ela, nem o pai, detêm patrimônio pessoal, já que tudo estaria registrado em nome da instituição religiosa.
“Eu não tenho casa, por incrível que pareça. As pessoas olham para mim e dizem: ‘Ela é filha do bispo Macedo, então deve herdar tudo, deve ter a Record, deve mandar em tudo’. Mas eu não mando em nada, não tenho nada, nada no meu nome”, afirmou. No mesmo momento, sua mãe interrompeu para reforçar que até os bens que estavam em nome do bispo foram transferidos para a igreja.
Cristiane destacou que muitas pessoas não acreditam em sua fala e classificou essa condição como uma “pobreza escolhida”. Segundo ela, a missão de sua família não é acumular riquezas pessoais, mas proporcionar prosperidade espiritual e financeira aos fiéis. “A gente está aqui para enriquecer vocês, não a nós mesmos. O propósito não é aproveitar este mundo, nossa missão é outra”, concluiu.
As declarações geraram estranhamento porque contrastam com informações amplamente divulgadas pela imprensa sobre o patrimônio de Edir Macedo. De acordo com a revista Forbes, ele é considerado o líder religioso mais rico do Brasil, com fortuna estimada em R$ 2 bilhões. Grande parte desse valor vem da TV Record, emissora que pertence ao grupo fundado por ele.
A Forbes ainda aponta que, além do império midiático, Macedo possui bens de luxo, incluindo um jato particular avaliado em R$ 90 milhões. Ele figura no topo da lista de pastores milionários do país, à frente de nomes como Valdemiro Santiago, Silas Malafaia e R. R. Soares, cujas fortunas variam entre R$ 250 milhões e R$ 400 milhões.
A fala de Cristiane, portanto, abriu espaço para um novo debate: até que ponto os bens acumulados em torno da Igreja Universal pertencem à instituição ou refletem o enriquecimento pessoal de sua liderança? A contradição entre discurso e realidade segue repercutindo fortemente no meio evangélico e na mídia