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Em live, a pastora afirmou que pedirá “autorização de Deus” para passar a cobrar por agendas e que pretende rever o próprio chamado
A pastora Sandra Alves, influenciadora com quase 3 milhões de seguidores e vereadora por São Paulo (salário de R$ 26 mil), afirmou em transmissão ao vivo que pretende “orar a Deus” para receber autorização e passar a cobrar por agendas de pregação.
Ao longo do vídeo, ela também declarou que vai “rever o chamado”. As falas ocorreram enquanto comentava uma campanha de arrecadação de 1.000 cestas básicas que, segundo disse, ainda não havia atingido a meta.
“Vou pedir essa direção para Cristo. Se eu disser para vocês que eu não vou pedir, eu vou pedir. E se Deus me liberar, eu vou começar a [cobrar] para pregar”, afirmou. Em outro trecho, indicou uma mudança de entendimento sobre seu ministério: “Eu acho que vou precisar começar a rever os meus conceitos… rever esse chamado que o Senhor deu para mim”.
A pastora relacionou o eventual início da cobrança por agendas ao constrangimento de depender de doações em público. Disse que, se passasse a receber pelos convites, “não precisaria vir pedir” para alcançar a meta de cestas. Na mesma transmissão, sinalizou que a agenda “terá preço e valor” a partir do ano que vem.
Trechos do vídeo circularam em perfis do segmento gospel nas redes sociais, o que ampliou a repercussão entre apoiadores e críticos. Entre os conteúdos que ecoaram as falas, houve publicações do perfil Assembleiano de Valor, que destacou os pontos centrais da live.
Ao mencionar nomes de pregadores e cantores conhecidos, Sandra afirmou que não critica quem cobra e citou exemplos de ações sociais financiadas por líderes que trabalham com cachês e estrutura profissional.
Na leitura dela, instituir cobrança poderia evitar o que classificou como “humilhação” de pedir ajuda para cumprir metas de doação. Em uma passagem, ela cogita valores (“R$30 mil, R$50 mil”) para ilustrar como eventuais cachês poderiam custear cestas e projetos sociais vinculados à sua atuação.
A declaração dividiu opiniões: parte do público considerou legítimo que líderes religiosos busquem sustentabilidade financeira para suas agendas; outra parte criticou a associação direta entre a cobrança e a promessa de não depender de doações.