SÃO PAULO/SP - O presidente Jair Messias Bolsonaro gosta de causar, não que
ele esteja errado no que fez nesta última sexta-feira, 14, em mandar estender
uma gigantesca Bandeira do Brasil na fachada do Palácio do Planalto, sede do
governo federal. O item foi instalado voltado para a Praça dos Três Poderes,
cobrindo parte das colunas do prédio desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer
para ser a sede do Executivo do país. A obra é tombada como patrimônio
histórico e não pode sofrer intervenções sem autorização.
Em entrevista, o presidente Jair Messias Bolsonaro disse que
também pediu para estender uma bandeira semelhante no Palácio da Alvorada, sua
residência oficial.
“Hoje pedi para aquele bandeirão que existe, mandei pegar um
usado, enorme, mandei botar um no Alvorada, que é minha casa. Acho que ninguém
vai ter coragem de falar ‘retira daí se não vou te dar uma multa de não sei
quanto por dia’. É a nossa bandeira do Brasil. A questão da censura é devagar.
Certas coisas não se perdem de uma hora para a outra, você perde com o tempo”
afirmou presidente.
Na sexta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará
negou um pedido da Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PC do B e PV,
para retirar a uma bandeira do Brasil gigante que foi pendurada na fachada de
uma igreja em Belém. O presidente afirmou que a decisão foi acertada e que tem
"orgulho" de ver o item em destaque pelo país.
“O PT entrou na Justiça para que uma igreja lá de Belém, do
Pará, que tem uma bandeira enorme do Brasil na entrada fosse retirada. Que o PT
diz que é propaganda eleitoral para o Bolsonaro. Dessa vez, a juíza agiu
corretamente. Falou que era um símbolo nacional. Temos orgulho de ver a bandeira
do Brasil por ai, em lugar de destaque, e sendo tratada de forma respeitosa”
disse o candidato à reeleição.
A lei eleitoral proíbe o uso de materiais ou imóveis pertencentes à União, estados, Distrito Federal, territórios ou municípios para beneficiar a campanha de qualquer candidato ou partido. No caso da bandeira do Brasil, no entanto, há controvérsias em estabelecer alguma irregularidade por se tratar de um símbolo nacional.
Foto:
Gabriela Biló/FSP