Outras
04/03/2023 05H51
Aulas ocorrem em maio de 2023
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), quase 1 bilhão de pessoas no mundo são portadoras de deficiência, sendo que as crianças representam cerca de 10% desse contingente. Tendo em vista a promoção de políticas de inclusão nos mais diversos ambientes, desde a década de 90, no Brasil, as escolas têm passado por um processo de readequação inclusiva, com o intuito de promover a Educação Básica igualitária, permitindo que as crianças com deficiência sejam inseridas no processo de ensino-aprendizagem convencional, desde que haja suporte à elas, se necessário. No caso das crianças surdas, por exemplo, com as políticas educacionais inclusivas e a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, esse grupo passou a ter direito à educação bilíngue (Libras/Língua Portuguesa).
Porém, devido à falta de direcionamento de profissionais para atuação específica nessa área, a implementação dessa ideologia requer ajustes no currículo e formações continuadas para os educadores. "Atualmente, nós vemos em salas de aula, na rede de ensino, o pedagogo, que tem uma habilitação mais generalista, proporcionada pelo curso ou por uma introdução à Língua de Sinais. Para que tenhamos uma base curricular que atenda a uma modalidade bilíngue, precisamos de profissionais preparados para o mercado, para além da interpretação", explica Vanessa Martins, coordenadora do curso de bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras/Língua Portuguesa, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Ainda de acordo com a professora, o ideal é que profissionais habilitados auxiliem na aquisição da linguagem e do conteúdo, em Libras. "90% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes, portanto elas aprendem uma gestualidade caseira diferente da Língua de Sinais, necessária para que o professor possa dimensionar conteúdos. A inclusão é mais do que ter a pessoa surda na escola, requer investir em formação para que o estudante possa ter condições de ingressar em uma universidade um dia. O baixo número de alunos surdos no Ensino Superior é um sinal de que há uma defasagem de escolaridade adequada para possibilitar uma continuidade da vida escolar. Queremos permitir que, assim como um indígena e um estrangeiro, o aluno surdo adquira o Português como sua segunda Língua e tenha todo o conteúdo pensando especificamente para o modo de aprender dele, refletindo no futuro", defende.
Com o intuito de capacitar profissionais e estabelecer metas para o desenvolvimento do ensino bilíngue, considerando a diversidade, a UFSCar oferece a "Formação continuada em Pedagogia Bilíngue para alunos surdos". As inscrições estão abertas. Serão encontros remotos síncronos nos dias 6, 7, 20 e 21 de maio. A formação de 60 horas, é voltada para professores bilíngues, instrutores de Libras e intérpretes educacionais dos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo que profissionais surdos também podem participar.
Informações sobre investimento e disciplinas podem ser obtidas no site www.pedagogiabilingue.faiufscar.com .
Porém, devido à falta de direcionamento de profissionais para atuação específica nessa área, a implementação dessa ideologia requer ajustes no currículo e formações continuadas para os educadores. "Atualmente, nós vemos em salas de aula, na rede de ensino, o pedagogo, que tem uma habilitação mais generalista, proporcionada pelo curso ou por uma introdução à Língua de Sinais. Para que tenhamos uma base curricular que atenda a uma modalidade bilíngue, precisamos de profissionais preparados para o mercado, para além da interpretação", explica Vanessa Martins, coordenadora do curso de bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras/Língua Portuguesa, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Ainda de acordo com a professora, o ideal é que profissionais habilitados auxiliem na aquisição da linguagem e do conteúdo, em Libras. "90% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes, portanto elas aprendem uma gestualidade caseira diferente da Língua de Sinais, necessária para que o professor possa dimensionar conteúdos. A inclusão é mais do que ter a pessoa surda na escola, requer investir em formação para que o estudante possa ter condições de ingressar em uma universidade um dia. O baixo número de alunos surdos no Ensino Superior é um sinal de que há uma defasagem de escolaridade adequada para possibilitar uma continuidade da vida escolar. Queremos permitir que, assim como um indígena e um estrangeiro, o aluno surdo adquira o Português como sua segunda Língua e tenha todo o conteúdo pensando especificamente para o modo de aprender dele, refletindo no futuro", defende.
Com o intuito de capacitar profissionais e estabelecer metas para o desenvolvimento do ensino bilíngue, considerando a diversidade, a UFSCar oferece a "Formação continuada em Pedagogia Bilíngue para alunos surdos". As inscrições estão abertas. Serão encontros remotos síncronos nos dias 6, 7, 20 e 21 de maio. A formação de 60 horas, é voltada para professores bilíngues, instrutores de Libras e intérpretes educacionais dos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo que profissionais surdos também podem participar.
Informações sobre investimento e disciplinas podem ser obtidas no site www.pedagogiabilingue.