Se as eleições gerais de 2026 fossem realizadas hoje, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 32% dos votos, seguido pelo
empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), com 18%, e pelo governador de
São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%, em um cenário que não
considera o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarado inelegível pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030. Os indecisos somam 18% e outros 18%
dizem que pretendem votar branco ou nulo no próximo pleito presidencial. É o
que aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada neste domingo, 13. Marçal e
Tarcísio estão em empate técnico dentro da margem de erro do levantamento, de
dois pontos percentuais.
O melhor desempenho de Lula é no Nordeste, onde o petista
soma 44% das intenções de voto. Tarcísio performa melhor no Sudeste, com 25% de
preferência, enquanto Pablo Marçal apresenta seus melhores resultados no Sul,
com 23% dos votos, e no centro-oeste, região da qual é natural, com 24% de
menções. O Instituto ouviu 2 mil eleitores entre os dias 25 a 29 de setembro, por
meio de entrevistas face-a-face em todas as regiões do País. A margem de erro é
de dois pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.
Pablo Marçal, que ganhou visibilidade na disputa pela
Prefeitura de São Paulo e ficou em terceiro lugar, é percebido pelo eleitorado
como o candidato mais forte na oposição a Lula. Para 15% dos entrevistados, o
ex-coach é o nome mais apto a concorrer contra o petista. Ele está em empate
técnico com Tarcísio, avaliado por 13% dos ouvidos como o candidato de oposição
mais forte, e de Michelle Bolsonaro, tida por 12% como o nome mais competitivo
contra Lula.
A avaliação de Marçal como um candidato de oposição
competitivo é compartilhada tanto por quem votou em Lula no pleito de 2022
quanto entre os que votaram em Bolsonaro naquela ocasião. Entre os que votaram
em Lula, o influenciador é tido como o nome mais competitivo contra o
presidente por 9%; entre os bolsonaristas, a percepção do empresário como o
nome de oposição mais forte para a eleição presidencial de 2026 soma 22%.
Minutos após o fim da apuração das urnas nas eleições para a
Prefeitura de São Paulo, Marçal afirmou que “2026 é logo ali”, referindo-se ao
interesse em voltar a disputar cargos do Executivo. O ex-coach declarou que
pretende seguir na política por mais 12 anos, mas não detalhou a qual cargo
quer se candidatar na próxima eleição. O nome de Marçal é especulado tanto na
disputa pela Presidência quanto na sucessão ao Palácio dos Bandeirantes.
É a primeira vez que o ex-coach figura na pesquisa presidencial da Genial/Quaest. Em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Jair Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, pela reunião com embaixadores na qual o então presidente atacou o sistema eleitoral do País. Por isso, o levantamento não inclui o nome do ex-presidente em nenhum dos cenários avaliados.
ESTADÃO